Review de Chrono Trigger


Ficha Técnica:
Desenvolvedora: Square
Publicadora: Square
Plataformas: SNES, PS1 (PS3/PSP/VITA), DS e Wii (Virtual Console).
Data de lançamento: 22 de Agosto de 1995 (SNES), 29 de Junho de 2001 (PS1), 25 de Novembro de 2008 (DS) e 12 de Agosto de 2011 (iOS/Android).
Gênero: J-RPG.
Preço: PSN USA U$9,90 (PS3/PSP/Vita), PSN BR R$20,99 (PS3/PSP/VITA), Wii Virtual Console U$8,00 (800 Wii Points).

TIME DOS SONHOS



   Em 1991, três "amigos" sem encontraram e brincaram, que seria interessante desenvolverem algo junto, esses amigos eram Hironobu Sakaguchi (Final Fantasy), Yuji Horii (Dragon Quest) e Akira Toryama (Dragon Ball). Na época ficou na brincadeira e só voltaram a falar no assunto em 1993, a SEGA tinha lançado o SEGA CD, e todos esperavam que a NINTENDO lançasse o seu add on, então os amigos se reuniram e começaram a desenvolver um projeto que inicialmente seria para o NINTENDO PLAYSTATION, o leitor de CD do SNES que na época estava sendo desenvolvido pela SONY (depois vocês sabem o que virou esse Add On), como o CD era uma mídia com muito espaço, um cartucho na época tinha entre 256KB (2Mb) até 4MB (32 Mb), enquanto o CD do SEGA CD tinha 500MB, decidiram criar um jogo sobre viagem no tempo, que explorasse bem o espaço do CD com multiplos mundos, assim nasceu o projeto Chrono Trigger. O CD do SNES atrasou, mudou da SONY para a Philips e com isso o projeto foi alterado do CD para o cartucho, na época a maioria dos jogos de SNES e MEGA tinha entre 2Mb e 16Mb, porém alguns jogos já chegavam à 24Mb  como o Street Fighter II do Mega Drive e o Final Fantasy VI, decidiram que o Chrono Trigger teria um cartucho de 32Mb, o que segundo os desenvolvedores, aliviou muito o estresse de trabalhar com pouca memória, pois muitos já imaginavam que ficariam limitados aos 24Mb do FFVI.


ESTÓRIA

Se você nunca jogou o Chrono Trigger, já informo que teremos spoilers.
   Na estória do jogo, encarnamos o Crono, levantamos em uma bela manhã de sol, e vamos para o mitsuri (o festival), chegando lá já nos deparamos com vários mini games, que na época eram simplesmente impressionantes, há a batalha contra o gato robo, uma cabana de mimicas, corridas, etc. No festival você encontra a Lucca, que é uma inventora e sempre fica arrumando seus óculos, detalhe que na época já chamava a atenção, ela diz para voltarmos em alguns minutos e nisso ao passear no festival, encontramos uma moça que vai mudar a vida de Crono.
   Aqui já começam alguns eventos que impressionam, há algumas coisas que podemos fazer com a Marle no festival e que depois vão influenciar no julgamento, podemos resgatar um gato, roubar uma marmita, roubar um colar, etc. Quando joguei em 1995, não tinha visto muito jogos tão imersivos e minha cabeça quase explodiu, quando vi alguns atos que fiz, serem apresentados no tribunal, ponto para a genialidade de Horii.
   Após uns eventos que ocorrem no festival, vamos parar em um local diferente, e mais tarde descobrimos que voltamos 400 anos para o passado, estamos em plena idade das trevas.
Algo que até hoje impressiona, é o cuidado com os detalhes, desde os peitos da Ayla balançando nas batalhas, a Lucca arrumando os óculos, até o cabelo, em uma entrevista, um dos designers gráficos disse que inicialmente a Ayla tinha cabelos lisos, mas alguém disse que sendo uma da pré-história o cabelo seria mais selvagem e ajustaram esse detalhe também. 
   O propósito do jogo é vencer LAVOS, um ser extraterreste que surge em 1999 e começa a sugar o planeta.
   Nessa jornada vamos encontrando vários personagens, alguns simplesmente icônicos, como Magus, Frog, Robo, etc.
    O jogo não é muito longo, para bater normal demora entre 20/25 horas e se for completar as sidequests, dá umas 45 horas no máximo.



GRÁFICOS

   Com os traços do Akira Toryama, o jogo lembra muito os personagens do Dragon Ball e de outros jogos do Toryama, além dos personagens marcantes, o jogo dá um show em animações, com sprites muito bonitos, em vários locais há perspectivas diferentes, como no castelo do Magus ou no Julgamento como mostrado nas figuras acima e abaixo.
   
   Em uma determinada parte do jogo, há até uma corrida 3D, com gráficos que lembram o F-ZERO e que poderia ter saido como um jogo separado na época, pois era impressionante.
   No geral os gráficos do jogo são bons, melhores até que muitos jogos que saíram para o PS1 e N64, envelheceram bem e são bonitos até hoje.


JOGABILIDADE

   Chrono Trigger trouxe algumas novidades bem interessantes, uma das melhores partes do jogo são as batalhas, além de poder escolher entre active e wait (no ativo os monstros têm o turno independente do jogador e no "espera" o jogador pode se preparar, pois o tempo do turno não anda enquanto o jogador não ataca, o jogo permite que combinemos técnicas dos personagens, para criar combos ainda mais devastadores, esses combos podem ser combinados entre 2 e 3 personagens e quando usados corretamente, são muito poderosos, outro fato que chama atenção, é que alguns inimigos também usavam esses combos, o que surpreende positivamente.
   Como o jogo envolve viagens no tempo, você passa pelo mesmo mundo em diversas eras, é interessante notar que algumas sidequests realizadas no passado afetam o futuro, por exemplo, quando você está em 1000 a.D. Existe um deserto e você ouve uma estória, de uma mulher que morreu 400 anos atrás tentando transformar o deserto, se você pegar a sidequest, você pode após uma determinada parte do jogo, voltar em 600 a.D. ajudar a mulher e deixar o robo plantando a floresta, ao avançar no tempo, voltando para 1000 a.D., você vai encontrar uma floresta com um santuário no centro e nesse santuário, poderá resgatar o Robo.
   Os inimigos e personagens também possuem elementos, como fogo, luz, sombre, raio, etc. O que estimula o jogador a usar todos os personagens, pois ao chegar em um inimigo de água, podemos usar a Lucca que é forte com fogo, interessante ver que na parte de detalhes, a Ayla não possui magia, pois segundo descobrimos no jogo, ela nasceu em uma época em que a mágica, não havia sido inventada ainda.
   Em uma parte do futuro nos deparamos com uma corrida em um ferro velho, onde guiamos uma moto em um ambiente 3D, que na época era muito impressionante.

   E finalmente uma das maiores diferenças entre CT e outros J-RPGs, é que você vê os inimgos na tela, não há encontros aleatórios como em Final Fantasy, se você quiser pode atacar ou simplesmente desviar o inimigo.

SOM

   Outro departamento onde o jogo se destaca, é na parte sonora, desde os efeitos de sons das magias, dos ambientes e principalmente as músicas, algumas são épica, desde os meus celulares antigos, já baixava as música em formato midi para ouvir em qualquer lugar, algumas como as de 2300 a.D. criam empatia no jogador e aumentam o sentimento de tristeza pelo futuro devastado, outras como as da pré-história, são divertidas e quebram o clima sombrio. 
  Enfim, a trilha do jogo de Yasunori Mitsuda é simplesmente fenomenal, pegue no Spotify, baixe na internet, ouça no Youtube, mas não deixe de ouvir.



CONCLUINDO

   Se você não jogou, ou já jogou e quer relembrar o jogo, hoje existem muitas opções, a melhor versão atualmente é a do DS, pois une a versão do SNES, com as animações em animê, em segundo vêm a versão do SNES que pode ser jogada tanto nos emuladores no PC/Android/SNES como no Wii (Virtual console, funciona no WiiU tb em modo Wii). A versão do PS1 é meio critica, pois possui loadings inexistente nas outras versões, cada vez que você entra no menu ele dá um loading, fiquei decepcionado, quando joguei na primeira vez, pois você precisa acessar o menu muitas vezes e chega uma hora que o loading irrita. Existem versões para iOS/Android, mas considero essas versões caça níqueis, pois os controles touch, não são muito bons. 
   No geral o jogo é excelente, o melhor do SNES e um dos melhores de todos os tempos, se ainda não jogo, termine de ler e baixe no emuparadise, no emuroms, etc.

NOTA DO JOGO 10.

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